Utilizando programas de TV no ensino de genética por Thamara Gershenson de Freitas

A importância do uso de diferentes recursos em sala de aula vem sendo percebida cada vez mais, pois auxilia na aprendizagem dos alunos, fazendo eles entenderem melhor o assunto e prendendo mais sua atenção. Ao ensinar genética, não poderia ser diferente, para alguns é algo muito complexo entender como as características genéticas se manifestam, como uma pessoa cria a sua personalidade, como algumas pessoas tem uma memória melhor que outra, como o meio ambiente pode alterar nos exemplos citados acima assim como nas características físicas. É possível notar que muitas vezes nossos pais têm estatura alta, que temos genes que caracterizam que seremos altos, mas quando nos damos conta não chegamos a estatura que era suposta. Por quê? O meio ambiente interfere? Os nossos hábitos comportamentais podem interferir numa predisposição genética? E se eu tiver uma gene com predisposição a algum tipo de câncer quer dizer que terei câncer?


Ficamos confusos ao pensar em todas as questões que envolvem genética, e os livros não são suficientes para esclarecer todas as nossas dúvidas, aí é que entram os artefatos culturais, aproximando coisas cientificas a nossa realidade. Poderíamos usar um programa de televisão, por exemplo, para gerar discussões sobre o assunto, interesse e esclarecer nossas dúvidas. Este é o caso do programa O Assunto É, transmitido pela TV PUC-Campinas. Exibindo a edição O Assunto É Genética para os alunos, é possível responder algumas questões levantadas acima. Também são abordados os assuntos: de que modo os estudos do código genético podem ajudar na prevenção, no diagnóstico, e na cura de doenças nos seres humanos? E no melhoramento da performance das plantas e dos animais? Esses estudos auxiliam na agricultura?


O programa nos remete a respostas objetivas e esclarecedoras, é dado como exemplo o caso de gêmeos univitelinos, que significa que têm o mesmo código genético, porém possuem personalidades muito diferentes. Isso deve-se ao meio, por mais que eles vivam no mesmo ambiente, sendo criados pelos mesmos pais, compartilhando dos mesmos amigos e atividades, cada um terá uma experiência diferente e isso interfere na formação de sua personalidade, humor, gostos, aspectos físicos – um pode ser mais alto que o outro, um pode ser mais magro que o outro. Assim podemos perceber que o ambiente tem interferência na manifestação de nossas características genéticas, Edimilson Ricardo Gonçalves, especialista em genética e docente na faculdade de Biologia da PUC em Campinas, cita como exemplo que há um ano atrás foi descoberto que pessoas que tomavam remédios anti-inflamatórios não esteróidais apresentavam quase 50% de chance a menos de desenvolver alzheimer, que é uma doença de origem genética.


Ao analisar os genes de uma pessoa há como descobrir se ela tem predisposição ao câncer de mama, por exemplo, e isso não significa que ela irá desenvolver o câncer, apenas serve como um alerta para a pessoa fazer exames seguidos e ter a chance de descobrir no início, podendo assim, ser curada.


São alguns exemplos do que podemos passar para os nossos alunos através deste programa de televisão. Seguem abaixo os vídeos do programa:




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